domingo, 20 de maio de 2018

Das escolhas...



No texto anterior abordei o limite entre Parafilia e Transtorno Parafílico. Parece-me que não me fiz clara e em debate no facebook fui questionada quanto ao meu posicionamento.
Pois bem,  há algum tempo as parafilias deixaram de ser vistas como patologias, parafilias são formas paralelas e incomuns de exercer a sexualidade. 

Já o Transtorno Parafílico, como disse anteriormente, é considerado uma patologia pois compromete a sexualidade e não há uma troca, o parceiro, quando existe é considerado como um objeto.

Enfim, qual o meu posicionamento quanto ao devoteísmo? O mesmo de sempre. Minha abordagem nesse e no texto anterior foi o devotee, foi o devoteísmo e não o deficiente. Há devotees que transitam dentro das parafilias e outros dentro dos transtornos parafílicos. Quanto aos deficientes, esses, só a esses, cabe a decisão de aceitarem ou não, um contato com devotees e como pontuar essa decisão. E em qualquer que seja a opção, cabe à ela, o respeito de quem está de fora. Pensar diferente seria acoplar à deficiência um vitimismo e negar o livre arbítrio dentro e fora desse contexto. Deixando claro que aqui estamos nos referindo a deficientes físicos e não deficientes intelectuais. 

O importante são as informações, o quê cada um faz com essas informações é pessoal.

É isso..

terça-feira, 1 de maio de 2018

Parafilia e Transtorno Parafílico


Um dos tabus ao se debater o devoteísmo é compará-lo à pedofilia. E tanto deficientes quanto devotees já se colocam na defensiva ou no ataque na alusão dessa comparação.
Como já foi postado no blog, devoteísmo é um fetiche e um fetiche é uma parafilia. Já a pedofilia segue num crescendo Parafilia/Transtorno Parafílico.

O quê assemelha essas duas preferências sexuais é a forma como são exercidas  e o próprio conceito de parafilia, ou seja, uma atração à margem do que é comum.

No entanto é preciso deixar claro que o devoteísmo embora esteja à margem do que a sociedade considera normal, comum ou usual,  pode ser vivenciado sem causar danos ao próprio devotee ou ao deficiente. Já a pedofilia, não.  Pedofilia é crime, portanto fica explícito o dano.
Nesse ponto entramos no " Transtorno Parafílico" , esse quando caracterizado indica uma patologia.

Dentro do devoteísmo é possível perceber observando seus adeptos que alguns estão na linha limite entre parafilia e transtorno parafílico, são aqueles que demonstram não ter qualquer resquício de visão além da deficiência, não medem seus atos e não medram-se ao buscar satisfação dos seus desejos. O deficiente não existe enquanto pessoa, apenas como  meio de atingir o objetivo do devotee. Objetivo esse que pode diferir de devotee para devotee de acordo com suas preferências. Uns apreciam amputadas, outros cadeirantes por pólio ou traumas, há quem sinta-se atraído pelo claudicar, enfim, tudo que já foi postado e debatido aqui e fora do blog. 

Não cabe a nós deficientes rotularmos o devoteísmo como uma patologia, patologia seria se não houvesse em seu contexto características de personalidades, vivências e experiências diversas. Mas cabe a nós deficientes ficarmos atentos a comportamentos excessivos, perniciosos, invasivos e abusivos. Assim como cabe aos próprios devotees buscarem diferenciarem-se uns dos outros para que não caiam na mesma vala comum dos pedófilos ou dos transtornos parafílicos...

É isso...